Produtos e desenvolvimentos futuros
Excelência, particularidade e individualidade são as caraterísticas que definem os vinhos da Adega CARTUXA e são também estes valores que levaram a Fundação Eugénio de Almeida a apostar em dois novos produtos singulares, seculares e tradicionais da cultura alentejana – os vinhos de talha. A vontade de fazer vinho de talha era já um desejo antigo na Fundação Eugénio de Almeida, contudo, não foi fácil encontrar talhas antigas, de grande dimensão e em excelente estado de conservação. A oportunidade surgiu apenas em 2017, quando, finalmente, a Fundação encontra e adquire 29 talhas centenárias, datadas de 1875. Terminado o seu processo de recuperar e de pezgar as talhas – ou seja, colocar o pez no seu interior, garantindo que estas mantêm a porosidade necessária para haver micro-oxigenação -, iniciou-se o processo de produção de vinho como (quase) se fazia há cerca de 2000 anos no Alentejo. A Adega CARTUXA retoma deste modo e orgulhosamente, a tradicional produção de vinho alentejano: vindima manual, pisa a pé, colocação das massas nas talhas onde permanecem até ao dia de São Martinho – altura em que se faz a sangria das talhas. De seguida, o vinho regressa às talhas, onde estagia durante seis meses até ser feito o lote final. Posteriormente é engarrafado, estagia em garrafa e finalmente está pronto para ser consumido.
Foi assim que nasceu o CARTUXA Talha Biológico Tinto 2017, elaborado 100% com a casta Alicante Bouschet, uma casta presente há muitos anos no Alentejo e que, por dar aos vinhos um grande carácter, transmite a este vinho uma “rusticidade” elegante. Produzido com as uvas da vindima de 2017, este vinho é constituído por um lote único, resultante de um blend de todas as talhas.
Hoje, já é possível encontrar no mercado as novas referências da Adega CARTUXA, provenientes dos talhões de vinha da Quinta de Valbom, em Évora, onde a vinha é conduzida em modo de produção biológico, há 15 anos.