Comunicação
O DIÁRIO DE NOTÍCIAS assinala os 159 anos em dezembro de 2023. No verão do ano anterior foi surpreendido pela decisão do Conselho de Ministros que considerou todo o seu património arquivístico Tesouro Nacional, abrangendo o espólio desde a sua fundação, em 29 de dezembro de 1864 até 2003. Trata-se do mais alto nível de proteção atribuído a bens móveis, sendo uma classificação equivalente à de Monumento Nacional. O decreto aprovado pelo Governo sublinha que o DN é o “jornal diário nacional mais antigo em atividade e uma publicação de referência da imprensa portuguesa, tendo já atravessado três séculos de história” – ao longo dos quais “noticiou todos os grandes eventos, nacionais e internacionais, nomeadamente a queda da Monarquia e a implantação da República em 1910, as Grandes Guerras, o golpe militar de 28 de Maio de 1926 e o advento do Estado Novo, o 25 de Abril de 1974, a adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia, o atentado às Torres Gémeas de Nova Iorque, entre muitos outros”.
A decisão, precedida por um parecer favorável, e unânime, da Secção de Arquivos do Conselho Nacional de Cultura, abrange o arquivo da redação, o património de natureza fotográfica, bem como o arquivo administrativo e demais documentação produzida, recebida e acumulada no decurso da atividade.
O DN continua a distinguir-se enquanto Marca histórica nacional, contribuindo para um dos pilares fundamentais da democracia: a liberdade de imprensa. Nesse sentido, no ano de 2023, acompanhou todos os grandes acontecimentos que marcaram o país e o mundo. Desde a legislatura em maioria absoluta de António Costa à recente eleição de Miguel Albuquerque, na Madeira.
A eleição de Lula da Silva, o alerta de António Guterres para o drama climático, e os anúncios de Christine Lagarde sobre as sucessivas subidas das taxas de juro, que tanto atormentam as famílias portuguesas e europeias. A alta de preços dos combustíveis e a crise inflacionista, a crise dos migrantes e o ano das greves em Portugal também mereceram destaque. A morte do comendador Rui Nabeiro ou a coroação do Rei Inglaterra marcaram também as primeiras páginas. A guerra da Ucrânia e a paz trazida a Lisboa pelo Papa Francisco foram outros dois grandes marcos.
O DN, e os media em geral, viveram dos seus anos mais desafiantes. A escassez de recursos, humanos e físicos, não levaram a equipa a baixar os braços. Pelo contrário, renovou-se sempre o espírito de missão e de servir o leitor. Após cumprida a missão de relançamento do DN como jornal diário, todos os dias em banca, no dia 2 de outubro de 2023 a diretora do DN, Rosália Amorim, assumiu a função de diretora de Informação da TSF. No futuro, o DN vai continuar, certamente, uma referência no jornalismo.